Chega tua hora, já ansiosa de tanto esperar outras tantas 23, cheias de outros tantos minutos que só a demoram de ti. Já logo não farei mais ideia, e vou deixar ir embora todo esboço de caráter teu que julgo daqui, de baixo desse olhar vivo, lindo que é de cansado que o imagino. Da beira deste abismo de alguns passos, que faz graça do meu silêncio quando te esbarro do outro lado, tu não ouve nem o eco de quanto te penso, de quanto te faço bem na calma do meu marasmo.
De certo do certo que é tua vida, do peso na tua mão direita já quase esquerda, não faço ideia de porque tu segue meus olhos, desavisados assim, inocentes assim da tua inocência amarga de quase doce. Gosto mesmo é desse segredo escancarado, que diz tudo, que entrega tudo ainda que não haja nada pra contar, nada pra ninguém ouvir.
Sobra tua cadeira, cheia do contorno das tuas costas, do teu jeito de ser esse você que desconheço, que invento por saber gostar tanto assim de imaginar. Finjo não saber , pra que finjas não saber das coisas que só sei saber sozinho.
Depois, é só vazio desse você, que de às vezes enche o céu de por do sol, de espetáculo de estrela que dorme pra voltar de esplendor, assim como és. Qualquer dia seguro meus olhos nos teus, pra ver pronde diabos vão quando me fogem, pronde é que vou pra buscá-los quando tua falta me bate assim, quase perto de 17:13.
‘’Tem mais eus dela em mim,
e nada pra mudar’’.
Me, Mandy, Sempre - Suéteres